ATA DA QUADRAPRIMEIRAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA SSEXTAEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA
DÉCIMA LEGISLATURA, EM 2423-051-1990.
Aos vinte e três vinte e quatro dias do mês de janeiromaio do ano de mil novecentos e noventa reuniu-se, na Sala de
Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua PrimeiraQuadragésima Segunda Sessão Ordinária da SSexta egunda Sessão Legislativa ExtraoOrdinária da Décima
Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou fossem distribuídas em avulsos cópias da Ata da Quadragésima Primeira Sessão Ordinária, que deixou de ser votada face à inexistência de “quorum” deliberativo. À MESA foram apresentados: pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, 02 Emendas ao Projeto de Lei do Executivo nº 08/90 (Proc. nº 0207/90; pelo Ver. Airto Ferronato, 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Giovani Gregol, 01 Emenda ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/90 (Proc. nº 1485/90); pelo Ver. Nelson Castan, 01 Pedido de Providências, 01 Projeto de Lei do
Legislativo nº 54/90 (Proc. nº 0974/89); e pelo Ver. Vieira da Cunha, 01 Pedido de Providências. Do EXPEDIENTE constaram Ofícios nºs 306/90, do Senhor Prefeito Municipal
de Porto Alegre;
119/90, da Secretaria de
Educação e Cultura do Estado; Circulares nºs 01/90, da Câmara Municipal de
Angra dos Reis; 02/90, da Câmara Municipal de Não Me Toque; e 05/90, da Associação Gaúcha de Engenheiros de
Minas. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Ver. João Dib discorreu sobre a entrega, procedida pelo Senhor Prefeito desta Capital, de Relatório relativo às atividades da Prefeitura nos últimos quinze
meses. Discordou da
maneira como tal procedimento foi realizado, sem Sessão Especial, e instou pelo cumprimento da
Lei Orgânica. Solicitou
que o referido Relatório seja, dentro do prazo de sessenta dias, colocando à
disposição da população para estudo e análise. Refutou, ainda, informações apresentadas
naquele, relativas a gastos da Prefeitura com a folha de pagamento. Em COMUNICAÇÕES, o Ver. Vieira da Cunha analisou o Projeto de Lei do
Executivo,
apresentado hoje a esta Casa e que trata do reajuste dos vencimentos do funcionalismo municipal. Instou pelo cumprimento da Lei Orgânica quanto a essa matéria e
criticou as datas previstas para a fixação do limitador de comprometimento da
receita municipal com a
folha de pagamento. Ainda, manifestou sua estranheza quanto ao fato do Clube dos Diretores Lojista de Porto Alegre estar
incluído na Comissão que deverá debater e identificar o que será considerado “gastos com
pessoal”. Defendeu Emenda do Ver. Dilamar Machado que considera ser uma responsabilidade do Executivo e
do SIMPA aquela tarefa. O Ver. Dilamar Machado, analisou o Projeto de Lei do Executivo nº 28/90, salientando que, com algumas alterações, deve ser aprovado. Augurou que a classe
municipária, que
reunir-se-á hoje à noite, considere a situação nacional e aceite a proposta apresentada pelo Executivo, tendo em vista ser fruto do
entendimento entre os
Poderes Legislativo, Executivo e o Sindicato dos Municipários
de Porto Alegre. Após,
o Senhor Presidente apregoou o recebimento dos Ofícios nºs 310 e 311/90, do
Senhor Prefeito Municipal, o primeiro solicitando a
retirada do Projeto de Lei do Executivo nº 28/90 e, o segundo, apresentando o Projeto de Lei
do Executivo nº 29/90.
Em COMUNICAÇÕES, o
Ver. Heriberto Back
discorreu sobre a possibilidade do Governo Municipal empreender, nesta Cidade, o
aproveitamento do lixo orgânico. Salientou a riqueza orgânica do lixo porto-alegrense e da necessidade, urgente, de se encontrar uma medida para reaproveitá-lo, seja como adubo ou na criação de suínos. Criticou a atual
coleta de lixo paralela, por particulares, com o fim de recolher alimento para
animais e que é
realizada sem critério. O Ver. Airto Ferronato,
contestando declarações feitas pelo candidato ao Governo do Estado pelo PT, Tarso Genro, relativas à receita e fiscalização estadual, asseverou estar
aquele candidato desinformado sobre os dados mencionados. E, comentando as críticas
comumente voltadas à máquina pública, com relação a gastos e exageros, questionou a identidade do contribuinte. Alertou que o funcionalismo
público, os concursados, não são os responsáveis
pela atual situação, mas sim o sistema de apadrinhamento. Questionou, ainda, quem paga os gastos de
empresas privadas, se não o consumidor. E o Ver. Vicente Dutra, reportando-se
ao pronunciamento do Ver. Heriberto Back, argumentou que a
triagem do lixo deve ser matéria intuída desde a infância, salientando ser matéria de educação e considerar pouco possível ser
tal procedimento realizável em curto prazo. Relativamente ao Relatório do PT no exercício dos quinze meses de
Executivo, afirmou haver equívoco quanto à declaração de que a coleta de lixo na Cidade de
Porto Alegre aumentou em cem mil toneladas
nesse período. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, em Plenário, do Ver. Jaime Máximo, do Partido dos
Trabalhadores de Goiânia. Às quinze horas e vinte e um minutos, o Senhor Presidente levantou os trabalhos da presente Sessão convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ocorrer logo a seguir e convidando-os para a Sessão Solene a ocorrer hoje, às dezessete horas. foi realizada a segunda chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo Corrêa, Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar
Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani
Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José Valdir, José
Alvarenga, Lauro Hagemann, Leão Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz
Machado, Mano José, Nelson Castan, Omar Ferri, Valdir Fraga, Vicente Dutra,
Wilson Santos, Vieira da Cunha, Wilton Araújo e Antonio Losada. Constatada a
existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e
determinou que fosse distribuídas em, avulsos cópias das Atas da Sessão de
Instalação, da Primeira, Segunda, Terceira e Quinta Sessões Extraordinárias e
da Ata Declaratória da Quarta Sessão Extraordinária, que foram aprovadas. A
seguir foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em discussão Geral e Votação Secreta foi
aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 25/89, considerando
rejeitado o Veto Total a ele aposto, por vinte e três votos SIM contra cinco
votos NÃO e dois em BRANCO, após ter sido encaminhado à votação pelos
Vereadores Luiz Braz, Vicente Dutra e Clóvis Brum, tendo sido escrutinadores os
Vereadores Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt. Em Discussão Geral e Votação Secreta
esteve o Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº 166/89 que, após ter
sido discutidos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Elói Guimarães, Antonio
Hohlfeldt, João Motta, Clóvis Brum, Wilson Santos, José Alvarenga e Dilamar
Machado, teve adiada sua discussão e votação por uma Sessão, a Requerimento,
aprovado, do Ver. João Motta, encaminhando à votação pelo Vereadores João Dib,
Clóvis Brum, Luiz Braz, Vieira da Cunha, Omar Ferri e João Motta. Em discussão Geral e Votação Secreta foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 07/89, por trinta e dois votos SIM. Durante os
trabalhos, foram apregoados os Ofícios nºs 65, 68 e 69, do Sr. Prefeito
Municipal, solicitando que sejam devolvidos ao Executivo, respectivamente, o
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 01/90 e os Projetos de Lei do
Executivo nºs 06 e 05/90. Ainda, foi aprovado Requerimento do Ver. Valdir
Fraga, solicitando que o Projeto de Lei do Legislativo nº 07/90 seja dispensado
de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a
aprovada nesta data. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente
declarou encerrados os trabalhos da Sexta Sessão Legislativa Extraordinária às
dezessete horas, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária
da Câmara Constituinte a ser realizada amanhã, às nove horas e trinta minutos. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Valdir FragaLauro Hagemann e e sSecretariados pelo Ver. Adroaldo Correa. adosDo que eu, pelos Vereadores Lauro Hagemann Adroaldo Correa, e Jaques Machado, este como Secretário “ad hoc”. Do
que eu, Lauro Hagemann 31º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelosor todos os Senhores Presidente e 1º Secretário. Vereadores presentes.
O SR. PRESIDENTE (Lauro HagemannValdir Fraga): Passaremos ao período de Comunicações. Antes, porém, cedemos a palavra ao Ver. João
Dib, em Comunicação de Liderança.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
o Prefeito Olívio Dutra,
cumprindo o preceito orgânico
do dia 15 de maio,
compareceu à Câmara e trouxe, sem que nós tivéssemos sido avisados para recepcioná-lo condignamente, o Relatório da Administração do ano que passou. Quero crer
que o Prefeito tenha
trazido uma cópia para cada um dos 33 Vereadores, como normalmente ocorre. Estou fazendo uma reclamação, porque penso
que a Diretoria Geral
não tenha se distraído
e deixado de entregar. E, como ontem nós recebemos um relatório dos quinze meses de Administração, eu gostaria
que todas as Bancadas,
todos os Vereadores
recebessem o Relatório do Prefeito para que nós pudéssemos analisá-lo condignamente, até para aplaudi-lo, se for o caso, porque as informações que nos
trazem são tão desencontradas, os municipários estão passando momentos incríveis. Hoje, eu fazia
um comentário na rádio. Imediatamente após o comentário, onde eu pedia mais iluminação, me foi
dito que se os municipários estavam gastando 92% da arrecadação, como é que o Prefeito iria iluminar a Cidade?
Acontece que este Vereador e outros Vereadores da Casa são muito ociosos nas
informações e até nas
votações, porque votamos um orçamento onde 61% são destinados ao pagamento de pessoal. E o nosso Secretário da Fazenda, em reunião com
as Lideranças da Casa, dizia com todas as letras que a folha de pagamento estava muito mais próxima dos
65%, abaixo dos 65%,
do que os 75% agora preconizados com limitador.
Então, é muito desagradável vermos os funcionários municipais serem
criticados porque querem levar todo o dinheiro da Prefeitura e nós, na Câmara, estamos querendo dar todo o dinheiro da Cidade, quando não é
verdade.
Então,
eu gostaria, que este
relatório fosse distribuído o mais rápido
possível para que
pudéssemos analisá-lo. Mas, também, gostaria que se cumprisse a Lei Orgânica, Sr. Presidente:
que, entregues as
contas, durante 60
dias estas contas estivessem à disposição da população. Portanto, é importante que a população soubesse que estão à disposição para análise as
contas, o conjunto das contas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Esta é a
reclamação que queríamos fazer numa Comunicação
de Liderança, porque eu acho que é importante que nós tenhamos a exata medida dos acontecimentos na Cidade em que
nós temos a responsabilidade de representar
o seu povo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Passamos às
Com a
palavra o Ver. Vieira da Cunha.
O SR.
VIEIRA DA CUNHA: Sr.
Presidente e Srs.Vereadores, chega à Casa um Projeto de Lei do Executivo nº 28/90, que fixa os reajustes
dos vencimentos do funcionalismo público municipal. A leitura rápida que fiz, há poucos minutos, deste Projeto de Lei, já permite algumas considerações. A primeira que
faço é sobre a insistência que o Executivo tem que inserir como justificativa para fixação do valor padrão
referencial, com base no art. 169 da Constituição Federal combinando com o art. 38 das Disposições Transitórias,
da mesma Constituição. Se é verdade que tais dispositivos constitucionais
tratam da relação
entre a receita corrente e a despesa, também é verdade que, em nível municipal, nós acabamos de elaborar a Lei Orgânica, que é o
diploma máximo dentro do Município de Porto Alegre. Este mesmo diploma contém um
dispositivo que diz que o padrão referencial básico do funcionalismo municipal não pode ser inferior ao
salário mínimo fixado pela União. O Sr. Prefeito manda um Projeto de Lei fixando o referencial básico em
3.207,66, portanto, um padrão referencial em desacordo, expresso e explicito,
com a Lei Orgânica do
Município, já que o
valor atual do salário mínimo
é superior a este
valor fixado pelo
Executivo, para
efeitos de padrão referencial básico do funcionalismo municipal. Já veio, aí, o primeiro problema. O segundo, que me parece mais grave porque é contraditório é o famoso limitador que,
inclusive, é hoje o grande empecilho para que se chegue a um acordo com o SIMPA. O Sr. Prefeito
pretende, com esse
Projeto fixar, provisoriamente, o limitador em 75% das receitas correntes. Este é o “caput” do art. 6º. Ocorre que o Sr. Prefeito
diz que fica estabelecido provisoriamente, até 31.12.90, em 75% das receitas correntes o
comprometimento com despesas de pessoal para, logo a seguir, no parágrafo
1º do mesmo artigo
6º, dizer que no prazo de
30 dias o Executivo encaminhará à Câmara Municipal Projeto de Lei estabelecendo
a composição da
despesa com pessoal, com base em estudos a serem procedidos por uma comissão
integrada por representantes do Legislativo, do Executivo, do SIMPA, da CUT, da CGT, da UAMPA e do
CDL. Aqui, eu abro um parêntese especial, para destacar esta referência especial que faz o
Sr. Prefeito ao Clube dos Diretores Lojistas. O que me parece, aqui, no mínimo curioso chamar o Clube dos
Diretores Lojistas para compor uma Comissão que vai decidir esta questão do estabelecimento de
critérios definitivos
para compor a despesa com pessoal. E o questionamento me parece que é de todos os Vereadores. Por
que o CDL? A UAMPA se
justifica, a CUT e a
CGT, mais ainda; mas o CDL? Por que este determinado segmento do empresariado de Porto Alegre foi destacado e brindado com esta deferência toda especial do Sr. Prefeito Municipal?
O Sr.
Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, acredito que para acompanhamento, todos os
segmentos da sociedade
estão convidados, não precisam ser citados no Projeto, porque acho que tem até
obrigação de fazer esse acompanhamento. Agora, eu realmente sou contrário a que qualquer outro setor, que não o Sindicato e o Executivo, esteja presente numa reunião para elaborar estudos com referência a essa matéria.
O SR.
VIEIRA DA CUNHA: Eu sou
grato. Antes de passar o aparte ao Ver. Airto Ferronato, quero dizer que o Líder do PDT, Ver. Dilamar Machado, pouco antes de subir à tribuna, me dava conta de que está pronta e já apresentada uma
Emenda de sua autoria, no sentido de estabelecer, primeiro, que essa Comissão é partidária, coisa
que não consta do Projeto de Lei do
Executivo. Primeiro de tudo, Comissão Partidária entre o Executivo e o Sindicato.
Aí, sim, com o acompanhamento dessas
entidades, porque não
há como se dar poder
decisório, nesta
questão, nem como
obrigar essas entidades a participar desse processo. Nós devemos é facultar a participação, ou melhor, o acompanhamento das entidades nesse processo de discussão, mas jamais lhe dar poder decisório ou até nomear um segmento específico da sociedade, como é o
empresariado logístico
de Porto Alegre. Mas
sei porque esse segmento, volto a frisar, teve essa deferência toda especial do
Executivo Municipal.
O Sr.
Airto Ferronato: V.
Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu estive presente na reunião e desde
aquele momento eu já havia me colocado contrário à inclusão de qualquer outra
entidade, quer econômica ou da sociedade civil, no sentido de definir o que é
gasto com pessoal. Nós entendemos que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre
tem competência e capacidade suficientes para definir alguma coisa que é
estritamente técnica. Portanto, nós somos contrários à inclusão de qualquer
outra entidade neste debate, que é meramente técnico. E mais o seguinte:
naquele mesmo momento, havia colocado essa situação. Nós entendemos e estamos
apresentando uma Emenda, nos termos em que foi apresentada a Emenda do Ver.
Vicente Dutra para que, uma vez limitando-se gasto com o pessoal em receitas
correntes, nós temos que colocar um parâmetro de como é que vão se fazer
ingressos de servidores públicos, concursados ou não, no serviço público, para
não se prejudicar ainda mais a categoria municipal do servidor público do
Município de Porto Alegre. Obrigado.
O SR. VIEIRA DA CUNHA: Ver. Ferronato, talvez nós tenhamos uma pequena divergência
nesse aspecto. Eu acho salutar e correto que a sociedade civil, através das
suas entidades representativas, os trabalhadores, os empresários, possam
acompanhar esse trabalho. A Emenda do Ver. Dilamar Machado vem neste sentido:
faculta às entidades o acompanhamento do trabalho. Não podemos dar a qualquer
entidade destas, por mais representativa que seja, o mesmo poder de
participação, de deliberação do Sindicato dos Municipários, que é a entidade
interessada no assunto e que tem representatividade para tratar desta matéria.
Chamo a atenção dos meus
colegas Vereadores, porque o Prefeito fixa no “caput” do art. 6º a
provisoriedade do limite de 75% até 31.12.90 para, a seguir, no § 1º, conferir
o prazo de 30 dias para esta Comissão chegar às suas conclusões. Se o prazo da
Comissão é de 30 dias, a provisoriedade do limitador tem que ser também de 30
dias, e não até 31 de dezembro de 1990, porque, vejam, Ver. Luiz Braz, se a
Comissão chegar à conclusão de que as despesas de pessoal são tais e que estas
despesas de pessoal, fruto do trabalho da Comissão, atinge um patamar superir a
75%, veja V. Exª que os funcionários ficariam, a rigor, até o final do ano sem
reajuste algum. Há necessidade de compatibilizar estes dois prazos. Parece-me,
à primeira vista, uma clara contradição fixar, desde já, um percentual de
comprometimento da receita até 31 de dezembro em 75%, ao mesmo tempo em que se
abre um prazo de 30 dias para uma Comissão estudar o assunto que vai ter reflexo
direto neste mesmo percentual.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Acredito
que aí exista coerência, Vereador. Eu, pelo menos, assim vejo. Pois acontece o
seguinte: este limitador de 75% que a Administração Popular já disse que dele
não abre mão, participamos de uma reunião com o Prefeito quando disse isto,
este percentual de 75% é provisório até o final do ano, porque no ano que vem
vai ser adotado novo percentual, estamos caminhando para um percentual de 65%.
Por outro lado, quero dizer o que segue. Quando esta Comissão faz um estudo do
que é gasto com pessoal, se for definido o que é gasto com o pessoal e forem
retirados alguns dos atuais gastos que são colocados como gastos de pessoal,
este percentual de 75%, por dentro, ficará modificado. São aquelas modificações
por dentro que o Prefeito Olívio Dutra já prometia para os funcionários.
Acredito que, então, exista coerência.
O SR. VIERA DA CUNHA: Veja V. Exª, Vereador, que é o próprio Executivo que
declara, hoje, nos meios de comunicação, na imprensa escrita, principalmente,
que com esse reajuste o percentual já vai chegar a 73%. Então, veja V. Exª como
o funcionalismo vai ficar numa posição muito difícil de aceirar o limitador na
forma como ele está proposto. Agora, colocar a provisoriedade vinculada à
inclusão dos trabalhos dessa Comissão, isso sim me parece aceitável, mais
lógico e mais coerente, mas não até 31 de dezembro. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Dilamar Machado.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós vamos dar seqüência ao
trabalho de análise feito pelo Ver. Vieira da Cunha a respeito desse Projeto. E
é bom que a Casa e os demais companheiros Vereadores tomem conhecimento que
esse Projeto não chega por acaso ao Legislativo, ele é fruto de uma tarde
inteira de debates entre as lideranças de bancadas desta Casa, onde estavam
presentes os Vereadores Luiz Braz, João Dib, João Motta, Wilson Santos, Artur
Zanella e este Vereador. Nós tivemos, apenas naquela tarde, naturalmente por
razões de ordem pessoal e impossibilidade, a ausência da liderança do Partido
Comunista Brasileiro e Socialista Brasileiro. E houve uma ampla discussão em
torno do impasse que havia sido criado, posteriormente com a participação do
Presidente do Sindicato dos Municipários, Eng. Darwin Ribas. O Ver. Vieira da
Cunha comentou o fato de que essa Comissão não pode ser composta como está no
Projeto, aliás, o Projeto, nesse § 1º do art. 6º, não condiz com o que foi
resolvido no gabinete do Prefeito. Não era isso! Por isso a minha Emenda e a
certeza de que ela será aprovada e não terá nenhuma objeção do Prefeito
Municipal, porque o companheiro Olívio Dutra reconheceu, diante dos Vereadores
e do Sindicato, que a decisão em torno do Projeto a ser encaminhado à Casa é
dos Municipários e do Executivo e que essas entidades seriam convidadas a
acompanhar todos os estudos, se desejassem, junto à Secretaria da Fazenda, para
que a sociedade porto-alegrense tenha uma exata idéia do problema, que é o
comprometimento excessivo da arrecadação com a folha de pessoal. Confesso aos
companheiros Vereadores que a mim horroriza o fato de estarmos fixando em 75% o
comprometimento da receita do Município com despesa de pessoal. Acho que uma
administração idônea e competente deve reduzir esse comprometimento a, no
máximo, 50%. O Município que tiver 50% do que arrecada comprometido com o
pagamento dos funcionários e mais 50% para investimentos, terá funcionários bem
pagos, terá funcionários interessados e terá obras. O Departamento que dirigi,
na Administração Collares, hoje é um cemitério. O DEMHAB está integralmente
paralisado, é triste saber que os funcionários do DEMHAB, os engenheiros,
arquitetos, assistentes sociais não tem absolutamente o que fazer. O DEP é
outro mini-cemitério porque os funcionários não têm obras a realizar. Será que
a Administração do PT não tem vontade de fazer obras? Tem, qualquer
administração tem, o que não tem são recursos e precisa de dinheiro, precisa
movimentar essa máquina! Então, digo que, particularmente, tenho absoluta
convicção de que esse limitador é correto, do ponto de vista administrativo, e
não me assusta do ponto de vista do direito dos servidores. Hoje, o
comprometimento da receita do Município com a folha de pagamento dos
funcionários não atinge 50%, tenho absoluta certeza que não, é bem menos.
Concedido esse reajuste de 40%, talvez passe dos 60%, momentaneamente, mas,
imediatamente, com a arrecadação e redução do índice, haverá uma nova adequação
e sem problema algum chegaremos ao final deste ano com a Prefeitura concedendo
esses oitenta e quatro, mesmo que em parcelas e mais os reajustes que vierem,
porque só mesmo o Dr. Collor e a Drª Zélia é que ainda são as velhinhas da
Taubaté, deste País, e acreditam em inflação Zero! Todos nós sabemos que a
inflação não é zero e que ela terá repercussão. Tanto terá que as próprias
lideranças do Governo e, aliás, isto é fantástico de ouvir, hoje eu ouvia na
televisão que as Lideranças dos Partidos do Governo, PDS, PFL, PTB, PRN, PDC e
PL resolveram, em regime de urgência, em acordo com o Líder do PMDB, votar uma
nova lei salarial para o País.
É de desconfiar, não é,
companheiro Adroaldo? Mas de qualquer forma os próprios lideres do Governo no
Congresso sabem que tem que se criar novamente um indexador para o salário da
classe trabalhadora.
Eu vou repetir o que
disse quando recebi este Projeto, ainda sem alterações propostas pela Câmara:
eu acho uma atitude arrojada do Prefeito Olívio Dutra conceder um aumento desse
nível, nesta hora, de absoluta insegurança neste País. Ninguém sabe o que pode
acontecer de uma hora para outra, eu tenho um filho que trabalha na Caixa
Econômica Federal que, hoje, na hora do almoço, me dizia que todos os seus
colegas estão lá sentindo a corda no pescoço, porque foi dito pela equipe
econômica da D. Zélia que dos 360 mil funcionários que serão demitidos no País,
54 mil servidores serão da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Como
será feito, não se sabe. São pessoas que entraram por concurso público e se o
Dr. Collor de repente acorda e resolve decretar também aumento zero para todo o
servidor deste País está feita a medida provisória e até desatar este nó o
impasse continuará.
Eu tenho absoluta
segurança de que o Sindicato dos Municipários já tem uma visão mais realista da
situação. E a minha proposta junto à Bancada do PDT, junto às demais bancadas,
acolhendo a Emenda do Ver. Ferronato, porque ela também é fruto da nossa
discussão, é aceita integralmente pelo Prefeito Olívio Dutra, e aceita
efusivamente pelo Secretário João Verle. Até estranhei a forma efusiva com que
o Secretário Verle aceitava essa Emenda, limitando o ingresso de novos
servidores ao Município. Se a Administração Popular assumiu dizendo que tinha
cinco mil fantasmas, ou criou um centro espírita neste meio tempo, ou vai
aumentar as entidades extraterrenas, porque três editais foram publicados
domingo abrindo concurso para novos funcionários: no DMLU, no DMAE e não lembro
o outro órgão do Município.
Então, o meu encaminhamento,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é no sentido de que com algumas alterações
esse Projeto acabe recebendo o consenso desta Casa porque uma realidade é
clara, basta conversar com os servidores. Tenho por vocação e formação política
o maior respeito à organização sindical, neste País, e até o momento em que
puder defenderei a luta do Sindicato dos Municipários. Agora, existem maneiras
e maneiras de se conduzir uma assembléia geral de uma categoria, se a liderança
quiser conduzir no sentido de encontrar um caminho mais claro, mais objetivo,
estrategicamente correto, ela conduz; se quiser conduzir à greve, ela conduz;
se quiser conduzir à rejeição de uma proposta, ela conduz. A minha esperança é
que na assembléia de hoje a classe dos municipários entenda que esse é o passo
mais largo que a Câmara poderia ter dado e temo, até, que os municipários
venham a rejeitar esta proposta, que
esta Casa seja obrigada a votá-la deixando em aberto o direito dos municipários
por seu Sindicato, de lutar pelo que falta. Indiscutivelmente, há prejuízo para
os servidores, ninguém dirá que não. Quem tem direito de receber 84% em maio e
vai receber 41% e mais três parcelas de 9,27% tem prejuízo e tem arrocho, e tem
prejuízo em seus ganhos, mas esse é o Brasil que nós vivemos hoje, o quadro é
este. A maioria das empresas privadas, hoje, reduz carga horária, reduz salário
e reduz os seus quadros desempregando, só em São Paulo, mais de 900 mil
trabalhadores nos 60 dias que precederam o chamado “Plano Brasil Novo”. Então é
um quadro real que precisamos, diante dele, nos debruçar e analisar com as
emendas, com algumas alterações eventuais, talvez criando uma maior clareza
neste limitador. Acho que não conseguiríamos e não conseguiremos melhor caminho
para os municipários do que este. E, por aqui, acho que devemos, amanhã, nos
posicionar, até para que nesta folha de maio já possa sair, pelo menos, para a
sofrida classe municipária 41,28% de aumento.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Antes de conceder a palavra ao próximo orador, a Mesa
apregoa o recebimentos dos Ofícios nºs 310 e 311/90, do Sr. Prefeito Municipal,
o primeiro solicitando a retirada do PLE nº 028/90 e o segundo apresentando o
PLE nº 029/90.
Com a palavra o Ver.
Heriberto Back, em Comunicações.
O SR. HERIBERTO BACK: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Agradeço a cessão do tempo
que me é feita pelo Ver. João Motta, a quem eu vou pedir atenção, ao Ver.
Vieira da Cunha, que me pediu que eu falasse sobre esse tema. O tema que vou
abordar, eu até o faço animado pela presença no Plenário, sem demérito dos
Vereadores, do Ver. Vicente Dutra e do Ver. Vieira da Cunha, porque o tema é o
DMLU e o problema do destino dos nossos resíduos.
A minha intenção, neste
momento, é trazer uma proposta de debate, não no sentido de esfriar o debate
que está sendo aqui travado sobre o funcionalismo, porque embora eu também me
preocupe, como disse o Ver. Dilamar Machado, que é preocupante uma Cidade que
está discutindo 75% como limitador dos seus gastos com o funcionalismo, quando
tem também tantas coisas a serem feitas pela Cidade. Agora, eu também volto a
dizer, apenas para registrar, que eu acho que é falsa a oposição entre o
funcionalismo e a Cidade. Acho que nós não estamos sabendo trabalhar com o
nosso funcionalismo para atender a Cidade. Não se conseguiu resolver, ainda,
essa equação.
Mas o tema que me traz à
tribuna é o assunto da fome do nosso povo é o assunto do aproveitamento do que
se tem e se joga fora para dirimir a fome desse povo. Encontrar formas
criativas, dentro do nosso município, para melhorar a situação da nossa gente
sem depender de recursos do governo. A questão agrícola de Porto Alegre –
escandalosamente – desde que me conheço por gente se fala do cinturão verde.
Esse cinturão verde, hoje, é cinturão de capim, porque são terras improdutivas.
Então, não há cinturão verde. O que existe, hoje, a CEASA, não foi feita por
produtores de Porto Alegre. Foi feita por produtores de São Paulo que colocam
aqui seus produtos, ao passo que o nosso produtor não tem como colocar o seu produto.
A realidade, hoje, qual é? Estão criando porcos com os restos de comida. Uns
criam com lixo puro e simples, competindo com o DMLU, com a arrecadação do lixo
dentro da Cidade. Eu mostrava isso ao Prefeito, a situação dos porcos bem
criados e dizia, na expressão dos criadores: “Não tem concentrado melhor do que
o lixo”. Dentro do lixo está o melhor concentrado para a criação dos animais.
Não tem ração melhor. Eu constatei isso nos últimos meses quando percorri a
zona agrícola da Cidade, para conhecê-lo e trazer alguma proposta. As outras
criações é aquele que tem um caminhão a óleo e sai a disputar a comida na
Cidade, colocando nos tonéis e leva para os seus porcos. Agora, tenho dito
reiteradamente que temos que achar uma forma de aproveitamento do resto da
comida para racional desenvolvimento da suinocultura da Cidade. Mas a vaca
também consome, o cabrito e o coelho também, até o cavalo, mas,
fundamentalmente, o porco, e, através do esterco que sai desse suíno, adubar
essas terras e possibilitar o desenvolvimento de culturas que não sejam
químicas, que possam competir no mercado. Agora, eu sempre tenho esbarrado com
alguma coisa...
(Aparte
anti-regimental.)
Não, restos de comidas
só se for para vender a carne no mercado clandestino. Pois a verificação não é
essa, sabem os Senhores quem engorda com os restos de comida que são jogados
fora pela população de Porto Alegre? É o Município de Encantado, porque as
grandes criações que existem hoje em Porto Alegre, sabem para onde são
vendidas? Para o Município de Encantado, para o frigorífico de Encantado, para
a Cooperativa de Encantado, que fornece o leitão com 20 quilos e o produtor
devolve para a Cooperativa de Encantado pagando 10 quilos a mais e de Encantado
vem o produto comercializado com o carimbo da Secretaria da saúde, o porco tem
que ir lá e voltar, porque em Porto Alegre existe uma frescura – me perdoem a
expressão – de que se tem que fazer uma central de pasteurização. Não, os
porcos são alimentados com o resto de comida, sem fervura...
O Sr. Omar Ferri: V. Exª permite um aparte?
O SR. HERIBERTO BACK: Eu não vou poder conceder-lhe o aparte porque tentei muito
tempo para conseguir a atenção do Plenário...
O Sr. Omar Ferri: Mas a denúncia de V. Exª é tão grave...
O SR. HERIBERTO BACK: Mas eu não estou fazendo uma denúncia, eu estou tentando
fazer uma proposta racional para Porto Alegre, que Porto Alegre se organize em
termos de DMLU, no sentido de fazer duas coletas de lixo: a orgânica, que vá de
forma controlada até a criação de suínos, se tiver que fazer uma pasteurização,
uma fervura, um controle, que faça, mas que vá para a alimentação dos animais,
mas que o restante, a outra sacola, que vá para a coleta separada. Vamos evitar
o lixão, se for só o que não é orgânico, pode ser até num galpão próximo de uma
vila, dessas grandes concentrações de vilas, sai de lá como riqueza, dando
emprego, dando trabalho para muita gente. E o orgânico, que é o que faz a
contaminação, o cheiro, vai para a produção de animais. Aí temos que controlar.
Alguém me disse: que o povo faça isto. Está certo, mas um órgão público não
pode fazer. Ora! Um órgão público tem a obrigação de a partir da realidade,
organizá-la.
Temos duas grandes
riquezas que estão nos criando problemas que é o resto da comida, que é uma
riqueza enorme que está alimentando uma Cooperativa em Encantado, e o plástico,
o vidro, que estão nos criando problemas nos aterros sanitários. Tudo isso é
riqueza, não há porque ter lixões, não há porque termos aterros sanitários, se
fizermos um trabalho neste sentido. Estou levantando este tema com alguma
dificuldade, no início porque não me deixaram, o Ver. Vieira da Cunha não
conseguia me ouvir e o Ver. Omar Ferri me impediu de falar e depois fez um
aparte. Não estamos fazendo uma denúncia. Acho que Encantado está fazendo muito
bem. Estou fazendo uma proposta, que Porto Alegre também o faça.
Acho que o Cinturão
Verde de Porto Alegre começa pelo vermelho. Vou voltar a este assunto na
próxima segunda-feira, esperando ter a audiência para esta proposta. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito é o Ver. Airto Ferronato, por dez
minutos.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna até
para contestar uma informação que ouvia de um argumento exposto pelo ilustre
candidato ao Governo do Estado, do PT, Tarso Genro, que dizia num determinado
momento e dava a entender que os problemas e as dificuldades financeiras do
Estado do Rio Grande do Sul estariam relacionados à ação da fiscalização de
tributos do Estado. E dizia o ilustre candidato que a fiscalização teria
buscado em 1989, em termos percentuais, 1,9% do total dos tributos arrecadados
pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Gostaria de deixar
registrado que o Dr. Tarso Genro está desinformado a respeito deste tema,
porque em 1989 a receita total do Estado do Rio Grande do Sul foi de 5 bilhões
e novecentos e noventa milhões e o produtor direto decorrente da ação fiscal
foi de 724 milhões, isto correspondendo a um percentual médio em torno de 11%.
Sem entrar neste dado, a ação indireta que nós entendemos que é a principal
ação de toda e qualquer fiscalização, ou seja, a presença da fiscalização,
atuando de forma ativa, ela inegavelmente tem gerado acréscimos indiretos e
sensíveis ao erário do Estado, Municípios e da União. Portanto, quero deixar
claro que esta informação não é procedente.
Outra informação que nos
deixa preocupados e que ele fez naquele mesmo instante, seria de que a
sonegação anda em torno de 40%. Nós não conseguimos entender como as pessoas
sabem qual é o percentual de sonegação. Isto é um absurdo porque, na verdade, o
que se sabe é que há sonegação e que esta sonegação está sendo tratada de forma
incansável, com toda a competência de nossos colegas fiscais de tributos do Rio
Grande do Sul. Nós entendemos que estas informações devem ser revistas pelo
candidato ao Governo do PT.
Gostaria também de dizer
que, com razoável freqüência, muitos tem se preocupado, até com certa ênfase,
com as amarguras e desventuras do pobre contribuinte brasileiro. Por sua vez,
tudo o que de errado existe no setor público, inclusive quanto às combalidas
finanças públicas, muitos desinformados atribuem a culpa ao servidor público.
Se, de um lado, em parte, há evidentes descompassos e equívocos na administração
pública, além de excessos de servidores em todas as áreas e esfera do Governo,
não se pode, por outro lado, deixar de verificar que o inchaço da máquina
pública não ocorre por culpa do servidor concursado. Não há como desconhecer
que os verdadeiros responsáveis são os apadrinhadores e governantes. Por outro
lado, há que se o funcionário público concursado, que ganha muito mal, e os
apadrinhados, sempre que se fala em remuneração do funcionário público, surgem
vozes que trazem à tona a mesma preocupação: os gastos com a folha de pessoal
será suportado pelo contribuinte. Está afirmativa está correta, mas nunca
mostram à opinião pública que todos os gastos feitos pela iniciativa privada,
tais como altos valores com pró-labore, viagens internas e externas, mordomias
de toda a ordem no setor privado, tributos e publicidade, efetuados pelas
empresas, também são pagos pelos mesmos contribuintes através de repasses nos
preços dos produtos vendidos. Não é verdade que somente os gastos com a máquina
pública são pagos pelo contribuinte; não é verdade que os gastos efetuados
pelas empresas, salários e outras coisas, são suportados pelas empresas. Certo
é que todos os gastos efetuados pela iniciativa pública e privada são sempre
suportados pelos mesmos cidadãos, aqueles que contribuem de fato. Quem são
eles? Não é, nem nuca foi, a empresa. A empresa é mera repassadora de tributos.
Contribuinte, no Brasil, somos todos nós, consumidores. Contribuinte também é,
e principalmente são, aqueles que nada consomem, uma vez que a eles a Nação
deve meios para que vivam com dignidade e justiça social. Disse isso até porque
temos ouvido falar nos altos salários do serviço público, os excessos, e com
razão, não podemos negar que os exageros são suportados pela sociedade. Agora,
jamais ouvi alguém dizer que os altos salários e os pró-labores, efetuados
pelos proprietários de empresas, também são suportados pelo contribuinte e por
toda a Nação Brasileira. Por quê? Porque, em verdade, todos os gastos
efetuados, de uma forma ou de outra, são repassados aos consumidores. Aqueles
que consomem porque recebem e aqueles que nada consomem porque nada recebem.
Então, nós entendemos que quando se falar em contribuinte nós temos que falar
naqueles que suportam, efetivamente, todos os gastos efetuados em nível de
serviço público e de setor privado. Não se pode, única e exclusivamente,
pensar-se em termos de máquina pública, porque isto é um equívoco lamentável.
O Sr Ervino Besson: V. Exª permite um apare?
(Assentimento do orador.) Ver. Ferronato, eu sei que V. Exª é tributarista que
nós reconhecemos e temos todo o respeito por Vossa Excelência. Agora, eu digo a
V. Exª que o Brasil é o País do mundo do qual se paga mais tributos fiscais. É
uma loucura a carga tributária que estas pequenas e médias empresas suportam.
Eu não sei até onde é que vai esta carga tributária, mas do jeito que está indo
eu acho que não vai muito longe.
O SR. AIRTO FERRONATO: Agradeço a V. Exª pelo aparte e
gostaria de dizer que, em verdade, quem suporta é o consumidor que tem no preço
do seu produto repassado todos os ônus que decorrem deste universo. E nós
gostaríamos de dizer que é extremamente elevado o valor dos tributos em nível
de Nação Brasileira.
Agora, nós gostaríamos de deixar claro, de uma vez por todas, que não se
pode apenas pegar um setor do universo e dizer que ele é e que tudo está
repassado em nível de contribuinte, apenas quilo que se gasta no setor público.
Nós entendemos que tudo o que se gera em nível de dispêndio, no serviço
público, está e é suportado, indiscutivelmente, pelo consumidor. Então, é a
nossa observação nesta data. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito em
Comunicações é o Ver. Wilson Santos. Ausente. Ver. Vicente Dutra.
O SR. VICENTE DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
venho à tribuna para debater, continuar a trazer informações a esta Casa e
provocar um salutar debate ao assunto que o Ver. Heriberto Back trouxe a esta
Casa, referente ao lixo. É um assunto apaixonante e eu, evidentemente, e eu fui
provocado por V. Exª, provocado no bom sentido, e aqui estou para tecer algumas
considerações a respeito desse assunto.
Inicialmente, fugindo um pouco daquilo que o Ver. Back informa, nesta
tarde, dizendo que este relatório que a Administração Popular encaminha aos
Vereadores contém informações que eu não posso dizer que são mentirosas. Seria
uma agressividade muito grande, eu não tenho como comprovar. Agora, coloco em
dúvida esses dados de que a coleta de lixo aumentou mais de cem mil toneladas
num ano. Isso é impossível de acontecer, principalmente num ano de recessão, o
ano de 1989 não foi um ano fácil e é sabido, isso não é um dado aqui de Porto
Alegre, é de qualquer lugar do mundo que quando dá problema de recessão há uma
diminuição de consumo e diminui, substancialmente, o lixo. Eu recordo,
tranqüilamente, que na época de 1983, quando passou a inflação para três
dígitos, nós sentimos no DMLU uma queda acentuada do recolhimento, em termos de
toneladas, do lixo. Como é que em 1989, que não foi um ano fácil para ninguém,
e nós mesmos, Vereadores, que estamos praticamente fazendo parte da elite, nós
sentimos tremendamente no nosso bolso, agora imaginem o trabalhador médio, como
é que aumentou essa tonelagem de lixo? Que mágica foi feita aqui? Isso é uma
coisa que iremos discutir, parece que está marcada para o dia 29 uma reunião,
aqui no Plenário, e vou trazer este assunto e tenho certeza que o Ver. Vieira
da Cunha que também conhece o assunto haverá de exigir explicações para saber
que mágica foi usada para aumentar em cem mil toneladas o recolhimento de lixo
em Porto Alegre.
O Sr. Vieira da Cunha: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Eu queria dizer a V. Exª que este assunto é,
certamente, mais grave do que parece. É muito sério que a Administração atual
esteja usando este lamentável e grave equívoco até para propaganda. V. Exª deve
ter visto que a Administração Popular está fazendo propaganda do que chama de
suas principais obras na Cidade e esta propaganda termina exatamente com o
lixo, dizendo que aumentou em 60% o recolhimento de lixo na Cidade. Então, veja
V. Exª que não há – V. Exª sabe, como ex-Diretor do DMLU, tão bem ou melhor do
que eu porque ficou mais tempo à testa daquele Órgão, que isso é impossível de
ter acontecido, é impossível que isso seja verdadeiro. Nesse sentido eu já
encaminhei um Pedido de Informações ao Executivo para que as explicações
venham. Se este aumento da coleta, como eu pré-suponho que seja, tenha se
verificado na coleta contratada, ou seja, a coleta realizada por uma empresa
particular, V. Exª haverá de trabalhar comigo nesta Casa numa CPI, porque aí o
que está havendo é, evidentemente, um prejuízo injustificável para os recursos
públicos municipais, porque aumento na tonelagem de lixo, em se tratando de
tonelagem de lixo recolhido por empresa contratada, significa também aumento da
despesa pública. Como a população não cresceu de um ano para o outro em 60%,
nós estamos diante de um caso muito grave que deverá ser averiguado por esta
Casa, oportunamente...
O SR. VICENTE DUTRA: Mas ainda com relação ao Ver.
Heriberto Back, ele traz um assunto muito interessante que nós teremos que
aprofundar. E veja, Ver. Ervino Besson, que é um estudioso do assunto, o que é
o aproveitamento do lixo orgânico. Muita gente ouve dizer que o lixo é rico e a
parte mais rica do lixo não é o plástico, nem o vidro, a aparte mais rica do
lixo é a parte orgânica porque ali que está a vida. É aquilo que sobrou dos
alimentos e nada mais é que o fruto de um processo orgânico e que deverá voltar
à terra. Isto, inclusive, está na Bíblia, nós somos orgânicos, e a Bíblia diz:
“Tu és pó e ao pó hás de voltar”. Quer dizer, nós somos a terra. Esse produto
que veio da terra, através de um processo químico-físico, ele deve retornar à
terra. Agora, não se vê medidas mais enérgicas para se aproveitar essa parte
rica do lixo, como adubo, fazendo voltar isso à terra, como disse.
Eu vou fazer em Plenário, com mais Vereadores participantes, um relatório
da nossa viagem à Alemanha, onde vou tecer algumas considerações sobre o lixo
naquele País. Mas, particularmente, nós enfatizamos aquele aspecto que já foi
debatido nas nossas reuniões sobre o lixo, nesta Casa, e que não cansarei de
bater nesta tecla pelo resto da vida, porque isso é claro para mim como o sol,
claro como logo teremos a noite e o dia também. Nós só vamos resolver o
problema do lixo, no tocante à sua destinação final, não vamos confundir com
limpeza, eu digo quanto à destinação final do lixo, que é um problema crucial
para todas as cidades do mundo. Nós só iremos resolver através de um processo
educacional onde se projete este valor na criança, no jovem, para que quando
chegarem a adultos, num Prefeito Municipal, num Diretor de Escola, num Diretor
de Empresa, num chefe de família, ele vai saber o quão importante é o apelo da
Prefeitura no sentido de que a separação se faça em casa, que se aproveite no
seu terreno, que se crie galinha, coelho, que pelo menos se enterre aquela
parte orgânica, mesmo em apartamento podemos reaproveitar este lixo orgânico, mas
se não quiser, que junte isso e passe a alguém esse material para ser levado
aos porcos. Há muita paranóia em torno deste assunto de que este lixo tem que
passar por purificações. Bobagem! Tenho aqui a opinião da maior autoridade
brasileira em meio ambiente e sempre foi e continuará sendo, que é o
Lutzemberg, ele diz o seguinte: até o lixo, até a parte orgânica, resto de
comida que é retirado de um hospital, aquilo que sobra de um doente, não da
cozinha, do prato do doente, até isso pode ser dado diretamente aos porcos,
porque o porco tem no seu organismo um processo de purificação. Lutzemberg me
disse isso e reiterou em pronunciamento. Há muita paranóia em torno disto,
estão botando fora uma riqueza imensa num País tremendamente pobre como o
nosso. Apoio a sugestão do Ver. Heriberto Back, faço coro com S. Exª e vamos continuar lutando, aqui, para
que alguém, neste País, nos ouça e inicie a educação, eduque a criança lá no
jardim da infância para que ela faça na própria escola, e que esta faça o
aproveitamento do próprio lixo, e alguns até traziam de casa, na Escola
Visconde de Pelotas, para fazer um composto e depois transformar aquilo em
horta.
O Sr. Clovis Ilgenfritz: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Eu queria cumprimentar V. Exª pelo que está dizendo
sobre o assunto e queria dizer que, realmente, existe um Projeto dentro da
atual administração de que se implante, gradativamente, essa seleção prévia e
que é um processo de educação, e ninguém consegue mudar uma cultura que já vem
de muito tempo, e nunca levou a sério esta questão de uma hora para outra. Por
outro lado, acho importante colocar, também, que há uma série de transformações
que podem ser feitas do lixo, principalmente do lixo orgânico e transformando
em energia como é o caso de alguns processos que a atual administração está
colocando em andamento, inclusive, pedindo recurso ao exterior, para que a
gente coloque em funcionamento usinas de transformação de Metano, outro tipo de
gás para ser usado inclusive no transporte coletivo. Só queria adendar, achando
importante esse procedimento.
O SR. VICENTE DUTRA: Eu tenho uma certeza aversão,
posso dizer, às chamadas usinas. Acho que as usinas só favorecem o dono de
usina. Não conheço uma usina no mundo que funcione bem. Agora estive na
Alemanha visitando algumas, lá, e na hora das perguntas nós entrávamos no ponto
crucial, eles reconheciam que elas são poluidoras, elas ocupam espaço e não
resolvem o problema do lixo. Porque em Tóquio tem cinco grandes usinas de lixo
e 75% do lixo de Tóquio está enterrado, 25% nessas plantas ocupando espaço
enorme, para não resolver o problema. Acho que nós temos que voltar novamente,
por isso bato na tecla, que só o caminho é o da educação, porque na educação
nós vamos resolver o problema do lixo. Como resolveremos o problema do lixo?
Eliminado o lixo, o lixo é o montão de sobra dentro do recipiente. Faz a
separação em casa, nós eliminamos o lixo, nós teremos sobras; aí é muito mais
fácil de resolver o problema. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
Estou
afirmando não para justificar, apenas para cumprir a solicitação dos colegas
Flávio Koutzii e Adroaldo Corrêa. De qualquer modo, eu também lamento a
ausência do PT porque teria também alguns agravos a fazer a este Partido.
O SR. NELSON CASTAN: De qualquer
maneira , frente à gravidade das informações trazidas pelo Ver. Elói Guimarães,
eu acho que esta Comissão de Inquérito tem razões suficientes ara prosseguir
nas suas investigações, seus estudos, motivos e razões que o levaram o Sr.
Prefeito em assumir uma tarifa acima do cálculo este feito pela Secretaria
Municipal dos Transportes, que são técnicos da confiança do Sr.Prefeito. Uma
outra coisa, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é que esta Casa, já por uma vez,
ou duas vezes, quem sabe, aprovou, inclusive, com voto deste Vereador, a
transferência de recursos à Cia Carris Porto-alegrense. Atualmente tramita mais
um projeto, no sentido de viabilizar mais recursos, uma maior transferência de
dinheiro à Cia Carris, proveniente desta vez do Fundo Urbano, Fundo de
Desenvolvimento Urbano.
Já falei desta tribuna e continuo entendendo que
cada Governo estabelece as suas prioridades, entendo que não h´pa nada de ruim
por princípio, de o Governo do Partido dos Trabalhadores eleger a Carris e
indiretamente o Transporte Urbano como um dois seus alvos prioritário para o
recebimento de recursos e entendo que é uma possibilidade. Agora me chama a
atenção a necessidade de a Cia. Carris Porto-alegrense, em periódica e
sistematicamente, vir a esta Casa pedir dinheiro. Se estou bem lembrado Ver.
Dib que também é um Vereador preocupado com estas questões de transporte
particularmente com a Carris. Me parece que nós já aprovamos um aumento de
capital no ano passado, uma transferência de recursos no ano passado e
aprovamos, no início deste ano, se não me engano, a transferência de um terreno
que, inclusive, já foi feita a licitação pública e agora novamente a Carris vem
à Câmara Municipal pedir mais dinheiro. Este fato se torna mais grave e nos põe
a pensar com mais profundidade em função desta colocação e, desta denúncia
feita desta tribuna pelo Ver. Elói que, se a Comissão de Inquérito comprovar
efetivamente que estiver havendo uma super-tarifação, significa também que a
Cia. Carris está recebendo recursos adicionais . Está retirando diretamente do
usuário, daquele que paga passagem. Então, nós temos que aprofundar, temos que
analisar com vagar todas estas questões, porque com a minha experiência como
Presidente da Cia Carris Porto-alegrense nós não recebemos um centavo em dinheiro
vivo da prefeitura Municipal. No primeiro ano de Governo houve levantamento das
finanças da Empresa, a contabilidade está lá parta quem quiser ver. Nós
passamos os dois últimos anos sem receber qualquer doação da Prefeitura, seja
em dinheiro, seja em imóveis não recebemos nada e assim se fez uma substancial
renovação da frota. Também estão lá os documentos para serem vistos e
analisados e os ônibus estão nas ruas circulando. Nós fomos à luta. Conseguimos
recursos do FINAME junto ao Banco Meridional. Então me parece que os esforços
da Direção da Cia. Carris, no sentido de expandir a frota,d e renovar a frota,
são esforços louváveis, mas tem que haver por parte da Administração da Cia.
Carris maior esforço, maior criatividade maior empenho no sentido de buscar
recursos onde eles estejam disponíveis sem onerar diretamente o munícipe,
através de uma super-tarifação, e também através do acareamento de recurso que,
alternativamente, poderiam ser empregados em outras áreas, extremamente
carentes de Porto Alegre.
Então, aos poucos com este conjunto de informações,
eu entendo que a casa começou, ou melhor, progride na formação de uma massa
crítica de informações a respeito do entendimento global da questão do
transporte, e da Cia Carris em particular. Tenho certeza seremos extremamente
cautelosos ao analisar esses Projetos sucessivos que vêm a esta Casa, pedindo
cada vez mais recursos à Carris. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em Comunicação
de Liderança,a palavra com o Ver. Artur Zanella, pelo FPL.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores, também lamento a ausência da Bancada do PT, eu queria que o
Ver. Castan ele entenda,a gora, porquê eu apresentei um Projeto há poucos dias
a´pra que a licitações dos índices passassem, novamente, por aqui, porque nós
liberamos coisas baseados em estimativas e, depois, não temos o retorno. E, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, vou tratar de um assunto extremamente delicado,
mas gostaria que foiçasse nos Anais; se esta medida já estivessem vigorando,
nós não leríamos, hoje, a entrevista do Sr. Tarso Genro, Vice-Prefeito da
Cidade, candidato a Governador, enquanto era Vereador, o Vereador Aranha Filho
deve lembrar disso autorizou, o Sr.Presidente deve lembrar a venda dos terrenos
da Perimetral que veio. O SR. Tarso Genro, hoje, de manhã, tem publicada a
seguinte entrevista: que “ a
Administração Popular – ainda não acusando Collares juinto ao
Tribunal deContas do O SR. PRESIDENTE: A Mesa tem a satisfação de registrar a
presença, em Plenário, do Ver. Jaime Máximo, do PT de Goiânia.
Nada mais havendo a tratar, Há “quorum”. Passamos à
DISCUSSÃO GERAL E
VOITAÇÃO SECRETA
PROC. Nº 2769/89 – VETO TOTAL AO
PROJETOD E LEI COMPLEMENTAR Nº 025/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que dá
nova redação ao inciso II do art. 121 da Lei Complementar 133, de 31.12.85,
alterada pela Lei Complementar 186, de 12.12.88. (Reajuste mensal – servidores
municipais.)
Parecer:
- da
Comissão Especial. Relator Verª
Letícia Arruda: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
(Pausa.) Em votação. Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores. Eu vejo que o número de Vereadores presente em Plenário,
neste instante, não é um número significativo suficiente para derrubar o Veto e
isso me preocupa, porque eu sou favorável ao Projeto do Ver. Leão de Medeiros;
sou contrário ao Veto aposto pelo Sr. Prefeito Municipal e tenho aqui alguns
números que podem justificar esta minha atitude – aliás, não é somente minha, é
também da nossa Bancada, o Ver. Edi Morelli e este Vereador – alguns números
que talvez sejam novos para este Plenário, pelo menos eu não ouvi este números
serem citados no Plenário, mas que podem inclusive orientar a própria votação
do Projeto de aumento do funcionalismo, que o Prefeito mandou para esta Casa. O
ISSQN – eu conversava antes com o Ver. Airto Ferroanto e posteriormente
conversava com o Presidente do Sindicato – o ISSQN representa mais ou menos 25%
da arrecadação do Município. No mês de dezembro, o ISSQN esteve na casa dos 27
milhões. Neste mês de janeiro, nós temos uma arrecadação de ISSQN na cerca de
45 milhões de cruzados. São números que eu acabo de receber e que pode nos dar
uma orientação do que vai representar o recebimento da Prefeitura neste mês de
janeiro. Tem outro número aqui que é bastante significativo. O ITBI, apenas num
dos dias atrás... Eu tenho o ITBI até o dia 22 de janeiro: foi 12 milhões de
cruzados. O ITBI total do mês de dezembro foi de 9 milhões de cruzados, mas
ainda temos oito dias para completarmos o mês, porque esses dados aqui tem até
o dia 22 de janeiro, e só num desses últimos dias tivemos uma arrecadação do
ITBI na cerca de 4 milhões de cruzados só num dia. No dia 17 rendeu para a
Prefeitura 4 milhões de cruzados do ITBI. Isso sem contar outros impostos
significativos para a receita do Município no mês de janeiro. Exceto entre
esses impostos significativo o IPTU que, muito embora represente cerca de 10 a
12% na arrecadação geral, no mês de janeiro, e ele tem um comportamento
completamente diferente porque as pessoas procuram pagar antecipadamente para
poder ganhar as benesses oferecidas pela legislação... Então, nos meses de
janeiro e fevereiro, normalmente temos uma arrecadação bem maior do IPTU do que acontece nos outros meses. Só por isso
eu diria ao Senhores que 158 milhões de cruzados, que disseram que seria a
folha de pagamento, estaria em muito superada pela arrecadação do mês de
janeiro. Se não fosse isso suficiente, uma outra informação que também trago de
pessoas que mexem com a arrecadação, com a folha de pagamento do Município.
Esses 158 milhões de cruzados já inseridos nesses e a antecipação de féria
porque neste mês muitos funcionários públicos tiram férias e não recebem a
antecipação de féria e colocaram neste 158 milhões de cruzados, também somadas,
as antecipações de férias. É claro que, se somar tudo. A gente sabe que as
antecipações de férias são devolvidas. Os funcionários recebem isso e nos meses
subseqüente eles devolvem isso para o Município. Então, de fato, isso não
significa um gasto. Isso na verdade vai ser reposto, e o Prefeito Municipal,
quando fornece os dados para a imprensa, quando fornece os dados para a Câmara
Municipal, ele não entra nesses detalhes. Por isso mesmo somos amplamente favorável
a que se derrube o Veto aposto do Sr. Prefeito ao Projeto de Lei do Ver. Leão
de Medeiros e até faço uma solicitação neste final de encaminhamento para que
os outros Vereadores que se encontram nos seus gabinetes venham para o Plenário
para que possamos derrubar esse Veto e posteriormente o outro Veto, que será
colocado em votação, que o Veto do Projeto do Ver. Mano José, que manda fazer
os pagamentos quinzenais.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. CLÓVIS
BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, recebi os avulsos e há um Veto ao
Projeto de Lei Complementar nº 027/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros.
Mas, se não me engano, há um outro. A Mesa poderia me informar qual é?
Gostaria, ainda, de saber se além desses vetos haverá a votação dos projetos constantes
da convocação extraordinária.
O SR.
PRESIDENTE: São dois Vetos que temos para apreciar, Vereador:
um ao Projeto de Lei Complementar nº 27/89 e o outro é ao Projeto 2840, de
autoria do Ver. Mano José. Quanto aos Pareceres sobre os Projetos, a Assessora
Legislativa já está colhendo as assinaturas dos Vereadores e, no decorrer da
Sessão poderei prestar-lhe uma informação melhor.
A palavra com o Ver. Vicente
Dutra para encaminhar.
O SR. VICENTE
DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. É muita incoerência
o triste espetáculo a que estamos assistindo, neste Parlamente, provocado pelo
PT. O PT é de uma incoerência toda a prova e, talvez, a maior contradição que
se possa verificar, embutida nesse Partido, seja, exatamente, uma que não é
diretamente culpa dele, mas, sim, do sistema eleitoral vigente à época da
escolha do prefeito municipal, pois colocamos à maioria à frente do comando da
Cidade e o que vemos é o que aí está. É bom lembrar que o PT se elegeu por 34%
dos votos, o que vale dizer que mais da metade desses votos não foram do PT,
votaram nesta candidatura. Então, o PT deveria se comportar pelo menos
respeitando essa absoluta maioria daqueles que o rejeitaram votando em outra
siglas, em outros partido. Lamentavelmente, na ocasião não existia o segundo
turno ainda que com reduzida margem, assumia o comando da Prefeitura. Nós não
podemos deixar de registrar este fato que é altamente elucidativa para entender
essa confusão toda que hoje agita a nossa Cidade. Uma outra contradição nós
verificamos logo no primeiro mês, quando houve aquela greve em todo o Brasil e
nós encontramos o Prefeito Municipal panfleteando em frente ao antigo Banco do
qual é originário o Banco do RGS. Lá S. Exª não era mais o chefe do Executivo,
que deveria se comportar como tal, mas ainda acostumado ao gesto de Líder
Sindical estava panfleteando em frente do Banco. Mas isso ele fez das 06 às
9h30min., conforme registrou a imprensa. Mas ele voltou para o Gabinete e
sentou na sua mesa de trabalho, ligou aqui para a Câmara convidando as
lideranças com assento nesta Casa para que fossem conversar com ele. Eu estava
na Casa aquela manhã, era período de recesso e as lideranças se movimentaram
lépidas e faceiras, como diz o poeta, se dirigindo ao Paço Municipal na certeza
de que naquele momento o Sr. Prefeito Municipal, embuído daquele espírito que
no animava alguns minutos antes iria, é claro comunicar as lideranças que
estaria concedendo aos funcionários municipais também em greve um aumento bem
mais substanciado que aquele que ele estava reivindicando, segundo ele,
justamente para os trabalhadores. Para surpresa das lideranças, o Sr. Prefeito
fez uma apelo dramático às lideranças no sentido de que ajudassem, aqui na
Câmara Municipal, um ajuste bem abaixo daquele percentuais que ele estava panfleteando,
pela CUT, lá no Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Ficou, claro, então, a
grande incoerência da Administração Municipal em agir com dois pesos e duas
medidas: na hora da agitação – e isto sabe fazer como ninguém – panfleteiam em
favor da CUT, contra o Banco do Estado, como se o Banco do Estado fosse também
entidade à parte no Brasil e não sofresse as condições, como se o Governo do
Estado tivesse condições de pagar acima daqueles percentuais ao qual o Prefeito
não consegue pagar. As incoerências continuam, o PT arrocha os salários. Tenho
aqui uma tabela que me foi trazida por um companheiro, que no momento não o
vejo no Plenário, em que ele arrola as faixas de 01 a 07. Segundo a proposta do
Prefeito, de 01 a 05 não haverá modificação. Mas mesmo considerando os 117%,
vejam bem: aqui na faixa 1, o que não existe, oitocentos e quarenta e um e
setenta e seis. Faixa 01, do Município. Está aqui o Presidente do Sindicato,
peço que ele me confirme com a cabeça ou não se este valor está certo. Como é que
pode ser oitocentos e quarenta e um se o salário-mínimo está em torno de um mil
e quatrocentos cruzados? Como o Partido dos Trabalhadores admite um salário
desses, como do faixa 01? Como isto não foi ao menos retificado ao nível do
salário-mínimo? é uma grande incoerência isto daí, dizem que começa numa faixa
02, um mil e quatrocentos e setenta, que é um salário-mínimo. E vejam bem, o
pessoal do Estado não está satisfeito. Temos greve no Estado, pressões de todo
o jeito com o Governador. Faixa 01, 2.388,. Salário pago aos trabalhadores.
Aqui, como reajuste de 117% ficaria em 1.460. O Técnico Científico, se fosse
dado o reajuste de 117% que o Prefeito não quer dar ficaria em torno de
5.724,80. no Estado está em torno de 11.508, 00 e lá também tem greve e não
estão satisfeitos. Está lá o Governador, foi recorrer inclusive a recursos
internacionais para poder pagar melhor os seus funcionários. Eu tenho aqui
tantas e outras coisas de incoerência mas acho que já foi relatado pelos
companheiros. Só conclamo os meus pares
que rejeitemos de imediato este Veto, concedendo, no mínimo, o reajuste
mensal, como propõe o Ver. Leão de Medeiros. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Solicita-me o Ver.
Artur Zanella que faça este pronunciamento também em nome do PFL, o que muito
me honra.
Quero dizer rapidamente que
seria interessante, neste momento, que a Liderança do PT delegasse, ao Ver.
José Alvarenga, o pronunciamento sobre a posição de sua Bancada, porque me
parece que se trata de uma conquista salarial, se trata, em síntese, e um luta
de trabalhadores, que a CUT tem defendido com toda a veemência e o próprio
Partido dos Trabalhadores a defendeu nas suas campanhas eleitorais. Ainda tenho
na retina os pronunciamento do candidato à Presidência da República, em que eu
votei – no primeiro turno, votei em, Ulysses Guimarães, no segundo, votei no Dep.
Lula – e a luta do Dep. Lula, na sua campanha, era exatamente a mensagem
dirigida aos trabalhadores, nas defesa dos eu interesses, e já não era a mesma
defesa dos outros candidatos, mas, rigorosamente, acho que a Bancada do PT
marcaria um tanto decisivo, politicamente falando, nesta tarde, se designasse o
Ver. José Alvarenga para encaminhar este Veto. Não pelas discordâncias do Ver.
Jose Alvarenga, pois acho que não há discordância entre S. Exª e o seu Partido. Há uma oposição clara e
coerente. O que o Ver. José Alvarenga tem defendido aqui na tribuna não é nada
contrário à Bancada do PT. Está tudo exatamente dentro do programa partidário
do PT. O Ver. Alvarenga não inventou nada. Os seus discursos são exatamente
dentro do programa do seu partido. Não tenho nem que felicitar o Ver. José
Alvarenga. Ele está penas cumprindo com a sua missão, de levar a diante, nas
tribunas do Legislativo, o seu programa, o programa do Partido dos
Trabalhadores. Discurso contrários nascidos das hostes do PT esse sim que estão
criando alguma inovação. Quer dizer: ou
são divergentes do programa partidário ou são divergentes das promessas
eleitorais e, com isso, nada convergem os interesses dos trabalhadores da
Prefeitura. Ainda bem o Ver. Leão de Medeiros quando traz a oportunidade para
que se faça o reajuste mensal. Aliás tem uma proposta do Executivo.... O Senhor
também não está criando muita coisa, não. V. Exª me desculpe, mas não está
criando muita coisa também, por isso acho que o PT vota conosco na derrubada
deste Veto, porque o PT acabou de enviar o Projeto que acena para a correção mensal.
Bom, agora o PT votar contra esse Veto, aí sim, eu posso dizer que aquele
Projeto que acena com a correção mensal é de mentirinha, não é sério. Até o
presente momento eu não defendo, eu digo, pelo contrário, que a Bancada do PT
vai votar contra o Veto do prefeito porque
colide, se choca frontalmente com as grande lutas e nisto o Ver. José Alvarenga
foi muito feliz ontem com as grande lutas da Lideranças tradicionais do Parido
dos Trabalhadores. Dizia o Ver. José Alvarenga, numa de suas belas tardes de discursos
nesta tribuna. Liderança do Partido do Trabalhadores com grande promessa. Ele,
de vez em quando diz alguma coisas que não são verdadeiras no sentido prático
da vida, mas promete muito o Ver. José Alvarenga. Quer atribuir ao Banco do
Estado do Rio Grande do Sul o caos da Administração do PT em Porto Alegre. É
uma tentativa de defender a administração do seu partido, mas que não tem
ressonância no mundo econômico, naqueles que entendem da Administração Pública.
Mas continuo ainda achando que o Ver. José
Alvarenga teria nesta tarde a grande chance de resgatar a luta do PT e do PT do
Ver. Antonio Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e o Ver.
Antonio Hohlfeldt tem razão hoje. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e
ao Ver. Antonio Hohlfeldt lhes sobram razoes hoje. Não
sou eu quem digo, é o Vice-Prefeito Tarso Genro, é o prefeito em
exercício hoje quem diz isso, nas suas declarações. Não sou eu quem estou
dizendo. Sobraram razões na luta do Ver. Antonio Hohlfeldt, ontem e sobraram razões
hoje. Por isso, Sr. Presidente, eu vou sentar-me na minha tribuna e aguardar
que a Bancada do Partido dos Trabalhadores marque um ponto positivo nos
encaminhamentos desse Veto, designando a
palavra vitoriosa ao Ver. José Alvarenga para fazer esse encaminhamento. Sou
grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não havendo
mais quem queira encaminhar, passaremos à votação do PLCL nº 025/89.
Convido os Srs. Wilton Araújo e
Antonio Hohlfeldt para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada
nominal do Srs. Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após proceder
à chamada.) Votaram 30 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCL nº
025/89 e rejeitado o Veto Total a ele aposto por 23 votos SIM contra 05 votos
NÃO e 02 em BRANCO.
Sobre a mesa, três Ofícios nºs 65,68 e 69/90, do
Sr. Prefeito Municipal, solicitando que seja devolvido ao Executivo Municipal,
respectivamente, o PLCE nº 01/90 e os PLEs
nºs 06 e 05/90.
Passamos ao
próximo Projeto.
PROC. Nº 2840/89 – VETO TOTAL AO
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/89, de autoria do
Ver. Mano José, que estabelece critérios de antecipação de retribuição pecuniária aos servidores
municipais.
Parecer:
-
da Comissão de Justiça e Redação. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela rejeição do
Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
Para discutir, com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós já tivemos a
oportunidade de examinar pela manhã a questão ligada aos salários do
funcionalismo e dizíamos que nas razões que embasaram o Veto deveríamos riscar
a palavra “aumento”. Não se trata de
aumento e aumento é quando acresce a toda a luta do funcionalismo é uma luta
para não perder, é diferente da luta para ganhar. Esta é a luta que trava o
funcionalismo para não perder através da reposição estrita da perda que o
funcionalismo têm ao inicio do mês um salário “X” e quando chega o fim do mês,
nós temos que deduzir deste “X” o que a inflação lhe tomou, a inflação é como
se fosse uma mão invisível que retira do bolso do funcionalismo o
correspondente à perda do poder aquisitivo do mês. Então a luta do funcionalismo
é o Veto que há pouco derrubamos nada mais representou fazer com que o
funcionalismo não perca, não vai ganhar evidentemente, porque estamos aqui
discutindo, correção inflacionária, não ganha mas pelo menos não perde. Isso é
o mínimo de dignidade que a Administração tem que reconhecer ao funcionalismo.. Então nada
mais são, na mais justo, nada mais correto do que a luta do funcionalismo para
não perder.
Temos hoje à tarde dois Projetos
do Executivo a examinar: o que encaminha a reposição da inflação parcial – o
que é inaceitável;o outro visa extinguir, ou melhor, incorpora o DEP ao DMAE.
Quero dizer que o Executivo, a Administração não administra a Cidade sem a
concorrência da Câmara Municipal de Porto Alegre. Não temos dívidas, não vamos
aprovar a reposição parcial. Entendemos que reposição, que já é lei, tem que
ser dada integralmente. Não podemos concordar que se barganhe, que ser negocie,
vejam bem, a reposição inflacionária. Não é o aumento. Poderíamos negociar um
aumento ou uma reformulação salarial, mas a perda substancial dos salários não
podemos negociar, não podemos negociar essa perda que é enxurrada inflacionária
leva a cada e cada dia. Isso é inegociável.
Mas vejam que estamos, agora,
examinando um Projeto que visa o pagamento quinzenal. É justo esse Projeto? Sim
, é justo, na medida em que a inflação é diária. Estamos atravessando uma
inflação de 2% ao dia. É, realmente, um saque ao poder aquisitivo do
funcionalismo e dos trabalhadores. Então, repor-se quinzenalmente, é válido.
Mas, parece-me, que isso pode ser discutido numa negociação alta, quando temos
dois Projetos do Executivo a enfrentar: um que extingue o DEP, e outro que
trata de uma reposição na ordem de 75%.
Diante desse quadro, e antes de
votarmos, de rejeitarmos esse Veto, podemos fazer uma negociação com referência
a esse Projeto. Agora, o que não podemos, Sr. Presidente e SRs. Vereadores,
é abrir mãos da reposição integral da
inflação, e veja que está se dá mensalmente, não é diária, porque o correto, o
verdadeiro, seria uma reposição diária, e todos nós estamos aí habituados a
entrar no supermercado, entrar na loja, a ir no açougue, etc..., os preços
modificam diariamente, é diariamente que a maquineta do supermercado reajusta o
preço do arroz, feijão, etc..., e não se dá isso com os salários. E mesmo
pretendendo ao mês o reajuste,a reposição no mês, nós ainda estamos encontrando
resistência de parte da Administração, o que se nos afigura insustentável.
Portanto, ao encaminhar favoravelmente a derrubada do presente Veto que estabelecer
ao pagamento quinzenal, o que é justo, estamos diante, logo à frente da análise
de dois Projetos, o que propõe reposição salarial que é inflacionária
mensalmente num percentual de 75% e a extinção do DEP, e automaticamente a
incorporação ao DMAE, me parece que isto aí pode ser negociado. Então, fica aqui, Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
a nossa manifestação, não de apelo e aqui já sustentou o Ver. Isaac Ainhorn de
boa política de parte do Executivo em retirar imediatamente pelo menos um dos
Projetos que trata do salário do funcionalismo e imediatamente pagar a
reposição, e aí está a questão ligada ao presente Projeto quinzenal, podemos
sentar à Mesa, as Lideranças, as Bancadas,
a Câmara pode sentar à Mesa e fazer uma discussão,
porque aí não se trata de barganhar a inflação, nós não podemos barganhar a
inflação., nós não podemos pechinchar com
a inflação,porque perdida ela não se recompõe. Então, é negociável sob qualquer
aspecto e tem que se dar a reposição total da inflação a partir desse mês. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com, o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Funcionários
públicos municipais e, muito especialmente todos os companheiros que atuaram comigo
na SMT, seria muito fácil manter a boca calada, dar o meu voto, que é secreto,
me poupar de alguns desgaste, não entrar nessa discussão, quem sabe lá dizer
para alguns que votava assim e votar de outra maneira, como é tão comum. Mas,
ao longo de 7 anos, nesta Casa 6 em que representei sozinho o Partido dos Trabalhadores, na oposição,
jamais fugi de uma posição e, inclusive, tive a dura experiência de, em 1988,
após as eleições, ser vaiado por alguns funcionários que defendiam alguns
interesses, quando eu alertava que a aprovação do que se chamava, então, plano
de carreira, era impagável e geraria situações realmente de calamidade na
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Dentro dessa perspectiva acho,a te, que a Administração, no ano
passado, conseguiu levar o barco com imensa dificuldades, havia uma previsão
inicial de não se pagar a folha em maio, depois se atrasou para agosto
setembro, acabou passando para novembro e, em dezembro, enfrentamos a primeira
greve problema. A Câmara de Porto Alegre teve uma participação objetiva na
tentativa de encaminhamento de solução, deu um voto de confiança á
Administração Pública quando, no final do ano passado, aprovou uma reforma
tributária, senão no seu todo, pelo menos num percentual que eu diria,
guardadas as proporções da Bancada de situação, que é absolutamente minoritária
nesta Casa, foi, realmente um voto de confiança, sob todos os aspectos à
Administração. Aprovamos todos os Projetos, embora alguns deles com algumas
modificações bastante significativas e outros, praticamente na sua forma
original. Portanto a Administração tem que dar uma resposta a esta Casa e
também a seus funcionários. Já disse em outras ocasiões e não tenho porque
deixar de repetir hoje, que não adianta nada a Administração pretender aplicar
na Cidade. Esta angustia todo o Administrador tem e eu tenho certeza de que o
Ver. João Dib tinha esta angustia quando Prefeito, deve ter tido o prefeito
Collares e, certamente, tem o Prefeito Olívio Dutra. Cada um com critérios de
que sejam as obras públicas, uns enfatizando uns aspectos, outros enfatizando
outros aspectos, mas todo querendo deixara
sua marca as tender aquela demanda
que a população apresenta, , mas de nada adianta fazermos
estes investimentos se não tivermos a máquina da Prefeitura funcionando. E
assim como eu dizia por diversas vezes junto com Vereadores como o Ver. Lauro
Hagemann, que está aqui, ainda, na Casa, com a Verª Jussara Cony, hoje
Deputada, Ver. caio Lustosa, Ver. Flávio Koulon,
que intermediamos tantos movimentos, tantas reivindicações dos Srs.
Funcionários. Já junto ao Prefeito João Dib e depois junto ao Prefeito
Collares, acho que não adianta resolvermos lá fora os problemas se não
conseguimos resolver os problemas dentro de Casa. Foi neste sentido e porque eu
tinha um compromisso de palavras, de responsabilidade como um dos Vereadores da
situação que negociou a reforma tributária com o Srs. Vereadores de Oposição
especialmente conversei inúmeras vezes com o Vereadores do PDS, tinha um
compromisso com o Ver. Leão de Medeiros em
relação ao projeto anterior. Votei favorável a ele e, por coerência, deveria
votar favorável mais uma vez e portanto, contra o Veto, o que o fiz com
absoluta tranqüilidade, com absoluto respeito em relação a posição da
Administração e o fia evidentemente
porque acho que no mínimo, o pagamento
mensal é uma necessidade, neste momento, de todo o funcionalismo. Neste sentido
eu gostaria de fazer um registro, que vale para nós como vale para a imensa
maioria dos municípios destes País, 1.400 e poucos
municípios de dimensões significativas. Não estamos fazendo uma coisa ás
avessa. Enquanto o Governo Federal mantém a atualização salarial de dois em
dois meses, enquanto o Governo do Estado. E é pena que não vejo o Ver. Clóvis
Brum aqui, que disse ser líder da situação há poucos minutos e agora não está
aqui para ouvir isso. Enquanto o Ver. Clóvis Brum se preocupa com a nossa
Bancada de situação, o Governo do Estado, que é do PMDB, mantém a atualização
bimestral, de dois em dois meses, e estamos cobrando, acho que cobrando
corretamente, a atualização mensal. Apenas quero gizar essa cobrança que é de
justiça, não apenas a Prefeitura de Porto Alegre, mas queria estender a boa
parte do municípios brasileiros, mesmo enfrentando uma situação pré-falimentar,
mesmo enfrentando uma falsa reforma tributária que a Constituinte berrou e
alardeou, mas não fez porque se criou pequenos transportes de impostos ou
percentuais, de fato criou muito mais ônus na área da educação, na área da
saúde, na área da polícia, na área de segurança de um modo geral com a
municipalização, esse termo que encobriu repasses do que era do nível federal,
do nível estadual para o nível municipal o que superam de muito os valores, os
percentuais daquilo que evidentemente os municípios ganharam em pequenas
passagens, talvez se comece a melhorar essa situação com este Projeto recém
votado dos repasses do IMCs que deve ser semanalmente, mas de qualquer maneira,
vejam os Senhores, não quero tratar do assunto apenas Porto Alegre, estamos
cobrando, estamos fazendo uma recuperação mais do que justa dos municípios, a
partir de que menos autonomia tem na possibilidade de recuperar e de
sobreviver.
O Sr. Leão de Medeiros: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Hohlfeldt, no momento em que V. Exª divulga publicamente a sua declaração
de voto ao Veto do projeto mensal e divulga com toda a sua força que foi a
favor do Projeto original fazendo referência expressa a um fato absolutamente
verdadeiro, no meu modesto sentir, V. Exª honra o mandato que tem e honra
também esta Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Obrigado, Vereador. Acho que o meu partido mesmo se
nós eventualmente, hoje neste caso específico, tivermos um divergência
com a Administração, e acho que o próprio Prefeito entende muito claramente essa
posição, porque a tínhamos deixado muito clara quando da negociação. E temos um
posição muito clara em torno desse assunto. Mas vejam os senhores funcionários,
meus companheiros de bancada: acho que é importante termos esta reflexão e
procuramos os contextualizar a situação de Porto Alegre num panorama do Rio
Grande do Sul, num panorama brasileiro, porque tenho certeza, e conheço
bastante o companheiro Olívio Dutra há pelo menos dez anos convivo com o Olívio , lado a lado
desde antes de fundação do PT, foi pela mão do
Olívio, praticamente, que entrei para o Partido dos Trabalhadores. Sei que deve
ter sido muito difícil para ele tomar estas posições. E sei também, igualmente e ao
contrário do que pretende projetar o Sr. Isaac Ainhorn, acho que é exatamente o
contrário, quando já se coloca a questão da possibilidade do pagamento mensal
para abril, tão logo se consegue equilibrar a Receita, o que está colocando com
muita clareza e talvez o que tenha faltado a Administração – e digo isso não a
nível de crítica, a\ms de um comentário muito
tranqüilo, muito respeitoso. É talvez o maior avança, maior
flexibilidade de uma discussão política dessas questões que estão muito ligadas
umas às outras.
Eu entendo, por exemplo que, sem
dúvida nenhuma, o Pacote Tributário deverá gerara efeitos,
agora, todos os Vereadores sabem e todos os funcionários sabem que o Pacote
Tributário não faz milagres. Não é em janeiro que ele vai gerar receita
imediata, ou seja, nós continuamos tendo problemas, no primeiro mês em que
sabidamente o grosso da população na ao faz o
pagamento do seu imposto ou faz de maneira parcial nos últimos dias, em que,
portanto, nós teremos ainda este problema. Acho que este dado é irretorquível,
acho que este dado é muito objetivo e acho que este dado em outro lado explica
o porquê dos Ventos:
O Sr. Adroaldo Corrêa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Antonio Hohlfeldt, estou inscrito e com a condescendência da Mesa,
consultando os demais inscritos, gostaria de ceder-lhe a minha inscrição.
O SR. PRESIDENTE: Os próximos oradores inscritos é o Ver. Dilamar
Machado, Ver. João Motta, e Adroaldo Corrêa, que cede o tempo a V. Exª. V.Exª
tem mais dez minutos.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Hohlfeldt, V. Exª diz que no mês de janeiro o Pacote Tributário ainda não
consegue surtir aqueles efeitos que todos nós quando votamos esperamos que
possa a Administração ter mais recursos para pagar o funcionalismo e para fazer
obras. Mas já existe agora no mês de janeiro alguns reflexos do pacote
tributário que nós votamos no final do ano passado como, por exemplo, a questão do ISSQN, quando aumentamos a
alíquota de 4 para 5%, nós estávamos dando um aumento no ISSQN de 25%.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Se há realmente uma aumento
percentual, ele não chega a cobri a despesa já assumida pelo governo municipal
em relação a empréstimos bancários que de curtíssimo prazo devem ser pagos em
janeiro. Quero dizer que não concordo com os números que estão no quadro
apresentado vou entrar na discussão na hora que entrar o projeto para discutir.
Acho que os números não correspondem à realidade ou não truncados. De qualquer
maneira ainda que a receita tenha crescido é bom lembrarmos que a municipalidade fez empréstimo vultoso pagar o
mês de dezembro e assim mesmo com alguns atraso. Então, neste sento. Eu diria
que no mínimo, as coisas ficam zerada e significa fazer novo empréstimo, em
janeiro para poder pagar em fevereiro. Num certo momento acabaremos criando um
círculo vicioso que não permite resolver a situação. Acho que se poderia tentar
entender a proposta que a administração faz, no sentido de conter a tendência
de empréstimos bancários. Isto não pode ser feito às custa do funcionalismo.
Deve haver uma negociação a sério e há que se chegar a uma alternativa da do
tipo que está sendo proposta que, no mínimo,se apresente prazos, percentuais de
recuperação e devolução e condições desta devolução. Isto me aprece que é uma
questão básica de respeito ao funcionário. Disto não abro mão por questão de
coerência dentro do trabalho que tive nesta Casa ao longo destes anos.
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Gostaria de colaborar com V. Exª na análise que faz, correta, das dificuldades
que o Executivo que tem para cumprir os seus deveres como funcionalismo,
detectando uma falha que existe atualmente na arrecadação do Município e que
beneficia diretamente apenas uma categoria. V. Exª não estava na Casa quando aprovamos a criação do IVVC e houve uma
longa discussão de quem pagaria este imposto. Acabamos nós Vereadores,
derrotados por uma decisão judicial, que deu cobertura aos garagistas. No
entanto, a Lei permite estes mesmo garagista que recolham de nós, consumidores,
este imposto é apenas um depósito nos cofres públicos 45 dias depois. É
evidente que, no processo inflacionário em que vivemos, nesta ciranda
financeira em que o over d´pa um resultado
diário de até 2,5%, na realidade, nós estamos pagando a quem esta ganhando com
isso é o garagista. Então, quero sugerir a V. Exª e ao Governo Municipal que
encaminhe para esta Casa um mecanismo que obrigue os garagistas a depositarem o
dinheiro arrecadado no máximo 7 dias, ms, se possível, em48 horas. Eu tenho a
certeza de que, com isto, a Prefeitura irá arrecadar bem mais do que arrecada
atualmente. Quando aprovamos o IVVC, o litro de gasolina custava 42 centavos em
Porto Alegre, um ano de pois custava 12 cruzados e alguns centavos.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ver. Dilamar Machado, vindo esta colocação de V. Exª,
na condição de Líder do PDT, eu só posso acolhe-la.
Acompanhei, de longe, o episódio jurídico. Comprometo-me, embora não exerça
nenhuma função de liderança na Bancada,
de encaminhar isto por escrito ao Sr. Prefeito. Não sei se vemos
aumentar a arrecadação, mas
aumentaremos o poder de compra deste valor arrecadado, na medida em que ele
virá mais cedo. E quero dizer que, se isto depender de l,ei municipal, entendo,
ao colher o seu aparte, que se enviado na forma de Projeto de Lei do Município,
teria ao colhimento deste Plenário e, neste sentido, seria portanto um
encaminhamento que nós tentaríamos, para buscar este dinheiro mais rapidamente.
Quero deixar o meu agradecimento a uma colaboração que não é com a
Administração apenas, é com o Município e com o funcionalismo de um modo geral.
Portanto, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, dizia eu que tinha
um compromisso com o Ver. Leão de Medeiros, muito pessoal, no episódio daquele
projeto e tenho uma visão em relação aos dois projetos votados no sentido de
que, evidentemente, na realidade
financeira de hoje, precisamos encará-los com objetividade. O primeiro deles, o
Veto já se encontra derrubado, pagamento mensal: segundo, o adiantamento dos
40%. Acho que por uma questão de coerência, é evidente, que precisamos encarar sito com
objetividade, já que a própria Câmara Municipal tem essa prática, e não vejo
porque se fazer diferença no tratamento do funcionário deste Legislativo, com
relação ao restante do Executivo. Entendo, no momento, e era siso que eu
queria colocar à discussão, independente da decisão final dos Srs. Vereadores,
que precisaríamos e esta
discussão deveria ser feita na medida do possível,s e houver
tempo, dar um prazo um pouco maior ao Executivo para poder colocar em prática
essa medida. Por exemplo, sei que temos um Veto, não podemos emendar projeto,
não sei como se poderia resolver, mas o próprio Ver. Elói lamentava aqui a
possibilidade de negociação, pois essa possibilidade queria manter em aberto,
lá sei eu, se deixássemos firmada uma posição, por exemplo, ao derrubar o veto,
ou adiar a votação, temos um prazo largo para a avaliação do veto, de que estivéssemos uma
discussão no sentido de que a municipalidade assumiria o compromisso, e dentro
de 2 ou 3 meses assumisse isso claramente, uma negociação de liderança, e
teríamos a partir de março, ou abril, quando a própria Prefeitura diz que
estaria equilibrada a sua receita e despesa, e não teria mais desculpas,
mantendo-se, evidentemente, a garantia do pagamento mensal, que me parece
encaminhado, a partir da derrubada do verto.. aCho que esse
tipo de conversa tem que ser feito, não ponho em discussão, até porque, por
incrível que pareça, o Ver,. Dib, já
registrava aqui, embora em outro tom, pela primeira vez, nós, Vereadores,
também tivemos nos nossos sala´rios no fim do ano
passado. E até com uma posição muito objetiva, muito séria, da Mesa, do Ver. Valdir Fraga,
não ouvi aquela discursseira politiqueira que poderia ter surgido; com o que os
33 Vereadores assimitam com muita
seriedade a crise, levaram a sério o problema, portanto, passamos pelo desafio.
Temos nesse sentido de discutirmos estas coisas e de estarmos lado a lado com
os funcionários, não apenas no sentido de para eles uma coisa, e para nós,
outra, mas porque nós também tivemos esse episódio, nesse momento, e acho que a
própria Câmara deverá enfrentar, por vezes, alguns problemas nesse sentido.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu queria deixar clara, portanto, a
minha posição, porque não sou de ficar em cima do muro, não sou de me esconder
em relação a votos, mesmo quando secretos, e tenho uma clareza muito grande. Se
tenho absoluta lealdade dom o meu Partido
e para com meu Prefeito, tenho também, responsabilidade, em primeiro
lugar com o funcionalismo que faz a prefeitura funcionar e também em relação a
própria Cidade e a oposição que há seis ou sete anos venho defendendo nesta
Casa. Acho que esta coerência não colocamos fora de uma hora para a outra.
Então, tinha um compromisso firmado com o Ver. Leão de Medeiros dentro da negociação
do pacote tributário e tenho, no meu entendimento, uma possibilidade de
inclusive de antecedido pelo Ver.
levanto
os trabalhos da presente Sessão e
convoco para a Sessão Extraordinária a seguir.
(Levanta-se
a Sessão às 15h21min.)
* * * * *
(Levanta-se a Sessão às 12h20min.)
*
* * * *